A celebração do Natal deve inspirar atitudes de fraternidade e atenção ao próximo, partilhando a “luz” da fé.
“O Natal é um dom que nos é oferecido, é uma luz que se acende. A grande pergunta é: o que é que eu vou iluminar com esta luz? Por que é que esta luz se acendeu? O que é que eu posso fazer? Essa é, no fundo, a verdadeira pergunta natalícia”
O cardeal e poeta destaca a importância de saber “nascer”, um “ato para conjugar de muitas maneiras”, ao longo da vida.
“Nós precisamos de nascer. O que Deus nos ensina no presépio é a audácia de nascer, a audácia de nascer mesmo na fragilidade, na nudez, na precariedade, no não-preparado, na vida como ela é, mas com a capacidade de florescer. No fundo, a capacidade de ser”, explica.
Todos devemos-nos participar na história do Natal.
“Cada um de nós é personagem do presépio”, precisa.
Há uma alegria que não se esgota, uma alegria que não se vai embora com o pôr-de-sol deste dia 25. E é essa cintilação de esperança a coisa mais importante”.
Que seja um tempo marcado pela “luz” que ilumina a existência humana, “reaproxima dos outros e do sentido da vida”.
“Jesus vem para isso: Jesus vem, não para o mundo idealizado, mas para o mundo real. Para o mundo concreto, cheio de feridas, de divisões, de coisas por tratar, de mudanças a inscrever.
Cada Natal é “uma oportunidade”, um “relançamento da vida”.
“O programa de vida que o Natal nos deixa é, de fato, essa capacidade de sermos em plenitude”.
Dom José Tolentino Mendonça