O Papa Francisco tem como prática de seu pontificado a atitude da escuta. Escutar o povo, escutar os fiéis, escutar os clérigos, enfim assumir a postura de ESCUTA. Bem diferente de ouvir, a escuta leva o interlocutor a parar, silenciar-se para entrar no “mundo” do outro, observar, perceber, entender o que se passa com o(a) irmão(ã).
A intenção do Santo Padre é tomar conhecimento dos anseios de um e de outro. Bela atitude para quem está no governo de uma instituição importante, a Igreja, que não deseja se tornar o todo poderoso, mas demonstra o interesse de ser um servidor a partir da necessidade dos fiéis.
Nossa realidade é a do barulho, aliás, excesso de ruídos, dos altos decibéis onde ouvimos muito e escutamos pouco. As redes sociais possibilitam a fala, o expressar-se. Todos têm a liberdade de falar, utilizando os meios eletrônicos, protegidos por certo “anonimato”. Falar sem identificação, sem olhar o ouvinte, dá mais coragem e ousadia. Cada fala, cada opinião, cada expressão tornada pública se reveste de “autoridade” suficiente para ser aclamada como VERDADE.
Pluralidade de ideias e de conceitos e de preconceitos. Pluralidade de “verdades” que impede a realização do diálogo. As opiniões, nem sempre causam a união, pelo contrário, por vezes causa desunião, confronto e hostilidades, distanciando-se da boa relação e do convívio salutar.
“Rezemos pela Igreja, para que adote a escuta e o diálogo como estilo de vida em todos os níveis, deixando-se guiar pela força do Espírito Santo em direção às periferias do mundo.” (Francisco - 29 de set. de 2023)
Peçamos ao Senhor a chama do amor em nossa Congregação, o reacender dos valores da Vida Religiosa Consagrada Sacramentina. Insistamos na busca, com honestidade e solicitude, do cultivo da vida espiritual para encontrar novos horizontes, estabelecer novos itinerários, reconfigurar nossa vida missionária e reorganizar nossas comunidades religiosas em vista de nosso Ideal Sacramentino.
Rezemos para que o sonho de Deus brilhe para nós no rosto dos pobres e excluídos e nos faça sensíveis como missionários.
A Missão deve transbordar em nossos corações pela força da Palavra encarnada, pela Eucaristia de cada dia para nos transformar em servidores do “lava-pés”.